O Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Armazém do Campo são palcos até esta quarta-feira (11) de atividades da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária Popular (JURA).
A mesa de abertura da JURA 2025 ocorreu na última segunda-feira (9) na UFRJ. O tema “Terras em disputa: poder, mídia e resistência popular” contou com a participação de Caio Bellandi, do podcast Lado B do Rio; do professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da UFRJ, Cleyton Gerhardt; e da historiadora e vereadora Maíra do MST (PT).
Nesta terça-feira (10), das 13h até às 16h ocorre o segundo dia de atividades no Centro de Tecnologia da UFRJ no auditório G122, bloco G, na Cidade Universitária, que contará com a exibição do documentário Máquinas Chinesas, Terras Camponesas: tecnologia para alimentar o Brasil, seguido pelo debate “Tecnologias e Sementes: máquinas a serviço de quem?”. Na mesa, para aprofundar a discussão, estarão Monica Pertel, professora do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ; um representante do MST; e Beatriz Lopes, que atua com mecanização de agrossistemas.
A última mesa, “Terra e tecnologia: desafios para a produção e comercialização da agricultura camponesa”, ocorre na quarta-feira (11) de 9h até às 12h no Armazém do Campo, na Lapa, e contará com a participação do Coletivo Alaíde Reis do MST que atua com produção e comercialização de alimentos da reforma agrária e Larissa Bral, graduada em engenharia eletrônica e de computação e integrante do projeto Tecnologias de Informação e Comunicação, Democracia e Movimentos Sociais da UFRJ.
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O JURA consiste num conjunto de ações articuladas promovidas por grupos organizados em instituições de ensino superior, em parceria com outras organizações e movimentos sociais, na defesa da reforma agrária popular e da educação pública, como bases para construção de um projeto popular para o país, reconhecendo os movimentos sociais populares do campo como sujeitos coletivos de produção do conhecimento.
Neste ano, entre as principais bandeiras da jornada estão a questão ambiental e o combate ao agronegócio que, na avaliação do movimento, ocupa uma dimensão fundamental na luta de classes na atualidade.
“Em 2025, o lema da Jornada será Defender a Vida, combater o agronegócio! Com esse lema, sinalizamos que a construção da reforma agrária popular não é possível sem o enfrentamento ao agronegócio, pois este é responsável pela concentração fundiária, pela violência no campo, pela superexploração do trabalho, pela fome e pela devastação ambiental”, destaca a carta do JURA.
As atividades da jornada ocorrem ao longo de todo o ano. A programação desta semana pode ser acompanhada também pelo canal do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (NIDES).